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Mercado imobiliário em alta: o que esperar do setor durante 2023?

O ano iniciou aquecido para o setor imobiliário. Passados dois anos de incertezas e instabilidade, a retomada do setor pode ser vista já nos primeiros meses, um reflexo do período anterior quando, segundo dados da Abrainc (Associação das Incorporadoras), de janeiro a outubro de 2022 o número de imóveis comercializados no Brasil aumentou 11,9%, em comparação ao mesmo período de 2021. Durante os primeiros dez meses de 2022, 133.891 imóveis foram vendidos, registrando o melhor desempenho para o setor, desde a criação da série histórica, comparada a 2014.

O Banco Central aponta que o setor deve passar por uma alta, onde projetos, principalmente, de baixa renda devem voltar com tudo durante o ano. Até outubro, imóveis de luxo somavam 29,8% da fatia de comercialização. Enquanto, imóveis populares foram responsáveis por 70,2% de moradias vendidas no país, através do programa habitacional Casa Verde e Amarela, que agora volta a se chamar Minha Casa Minha Vida. Os financiamentos habitacionais com recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) nos últimos 12 meses (encerrado em novembro), totalizam um valor de R$ 181,9 bilhões, o que representa 728,6 mil imóveis financiados nesse período.

Ainda em 2022, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizou o censo demográfico e divulgou o Índice Nacional da Construção Civil, que encerrou o ano com alta de 10,9% - segunda maior taxa desde 2014, ficando atrás somente de 2021, quando o índice apontava 18,65%.

Tendências imobiliárias para o ano

Durante os últimos anos passamos por cenários que jamais pensamos em passar, o isolamento social fez com que muitas pessoas abrissem mão de morar em grandes centros e se deslocassem em busca de viver mais próximo a natureza, ou junto de suas famílias. Com a retomada do cotidiano, a tendência natural é para que a população volte aos grandes centros, seja para retomada de trabalho presencial ou de estudos. Sendo assim, a busca por apartamentos centrais, compactos, volta ao foco de investidores que buscam uma renda extra através do aluguel. Imóveis estes que facilitam a manutenção, possuem localizações estratégicas e podem render alto retorno financeiro.

Já as famílias que estão se formando tendem a buscar o oposto. A localização, muitas vezes, não se torna prioridade, mas sim o espaço para acomodar a todos de forma confortável e proporcionar momentos de lazer. As casas com quintais para a diversão das crianças é um atrativo que os compradores buscam, bem como condomínios que possam unir espaços de convivência para lazer e proporcionam uma maior segurança.

Temos ainda o setor empresarial, que projeta a retomada dos grandes negócios e busca a mudança para imóveis mais amplos para atender as necessidades administrativas, dos colaboradores, podendo assim atender melhor seus respectivos clientes. Dessa forma, a compra e locação de imóveis comerciais tende a se basear em construções modernas e espaçosas para suprir as necessidades de cada empresa.

O que os corretores podem esperar?

O setor imobiliário deve seguir crescendo durante o ano de maneira sustentável, assim como vimos no período anterior. No entanto, deve haver um processo de depuração natural do mercado, onde somente profissionais qualificados e comprometidos com a profissão irão ter forças para seguir no ramo.

O que podemos classificar como “qualificados”? Profissionais capazes de imergir por completo no mundo digital e entender que cada cliente necessita de um atendimento personalizado, sendo assim, o profissional deve ser capaz de ajustar suas ferramentas de acordo com as necessidades de cada comprador e locatário.

Para tanto, uma coisa podemos afirmar sobre os meses que seguirão: para crescermos devemos ser adeptos dessa sinergia entre a necessidade da tecnologia digital, unidos ao talento e a dedicação dos nossos corretores e corretoras.

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